Descrição
TRISTE CUÍCA traça um inventário sobre a construção da memória e aponta como a escrita interfere e cristaliza fragmentos da vida e da história. Ao revisitar seus diários de infância e adolescência e as lembranças ora cômicas ora angustiadas da pandemia, Julia Wähmann cria um mosaico sobre o gênero literário notadamente confessional, que, como crônicas, capturam um estado de espírito e o retrato de uma época. A partir dessa escrita de si, da leitura de diários de grandes escritores e das reminiscências dos relatos de seu avô escritos durante sua participação na Segunda Guerra Mundial, o livro investiga a própria matéria de como a realidade é forjada e qual é a distância que separa a ficção das coisas reais.
“Triste cuíca é um diário, mas é, também, uma aglomeração de experiências sobre a escrita. No meio de tantas vozes – Virginia Woolf, Annie Ernaux, Joan Didion – uma se destaca: a do avô de Julia, um ex-combatente da Segunda Guerra Mundial que manteve um diário no período em que lutou na Itália. Para ele, os diários são objetos íntimos e sagrados, confidentes que registram não apenas episódios alegres e divertidos, mas também nossas tristezas e esperanças, documentando, assim, o sentimento dos instantes.” Flavia Péret
Sobre a autora
JULIA WÄHMANN nasceu no Rio de Janeiro em 1982. É autora dos romances Cravos (2016) e Manual da demissão (2018) e do infantil Dilermando, o cão (2023). Teve textos publicados no jornal O Globo e na revista Granta em Língua Portuguesa, entre outros.
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