Descrição
Nesta sua primeira incursão pela poesia a mapa lab relança o livro Lã de vidro: diálogos poéticos de André Moura que, costurando Teatro e Poesia, apresenta 31 diálogos, protagonizados por objetos, seres humanos e figuras insuspeitas: pai e filho, mestre e discípulo, avó e neta, lápis e estrela, dia e noite, marujo e sereia, entre outros. A sequência dos dias e noites, ilustrada por Julie Pires e Marcelo Ribeiro, movimenta a vida oculta na rotina do cotidiano. Como no lampejo da criança que define borboleta como uma pétala bailarina, Lã de vidro nos convida a ver o nem sempre percebido.
*
Vislumbrar a poesia no desvão do cotidiano. Ainda enxergá-la no repetir das horas, no ir e vir de pessoas e coisas. Captar o brilho recôndito no interior dos objetos gastos pelo uso. Tudo isso é possível, basta lançar um olhar “desvelado”, ou seja, sem o véu do hábito, que o costume lança sobre os olhos e, tantas vezes, nem o notamos. Na conversa diária há poesia: nos diálogos corriqueiros entre pais e filhos, amigos, namorados, patrões e empregados, servos e senhores, meninos e meninas… Por detrás de objetos despoetizados – comuns – como a simples lã de vidro, a poesia aguarda quem a (re)descubra. [Ana Glaucia Sena]
*
SOBRE O AUTOR
André Moura nasceu no século passado (1970), é biólogo (UFRJ) e doutor em Letras PUC-Rio) por formação. Geminiano militante, rubro-negro controlado, tem dois irmãos, duas filhas, dois enteados, dupla cidadania, porém é monogâmico fiel. Chocólatra em reabilitação, canhoto militante, nunca foi síndico, parlamentar ou representante de turma. Dentre suas obsessões confessáveis, está a lida e o lazer com livros, leitura e linguagem, como atestado pelo fato de ter trabalhado para editoras e bibliotecas e nas instituições Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil e Cátedra UNESCO de Leitura PUC-Rio. Já viveu em Angra dos Reis (RJ), Brasília (DF), Nova Iorque (EUA), Rio de Janeiro (RJ). Atualmente, é professor universitário e morador da machadiana cidade de Itaguaí (RJ).
Avaliações
Não há avaliações ainda.